Perfil da Literatura de Santa Rita do Passa Quatro

Perfil da Literatura de Santa Rita do Passa Quatro
Antonio Carniato Filho

A partir dos anos 1891 ou 1892, com o surgimento do jornal ‘O Santa- riense, com redação de Carlos Figueiredo a literatura de Santa Rita do Passa Quatro faz-se presente, a imprensa chega e a literatura começa a florescer.

O Santa-ritense brilhava com a colaboração de dona Camila de Oliveira, inspirada poetisa; Batista Cepelos oficial e delegado de polícia; Manoel Vioti, Dr. Rangel Junior, Dr. João Augusto de Souza Fleury; Dr. Cesário Travassos,Mateus Chaves e o grande poeta Arthur Andrade, que o dirigiu pelos anos de 1894, ou 1895, sendo nesta data trocado para “Gazeta de Santa Rita, quando passou a ser propriedade de Arthur Dutra, voltando a ser ‘O Santa – ritense, gozando de grande popularidade com a colaboração do Dr. Rangel Junior.
Em dezembro o Dr. Cesário Travassos e João Fleury, faz surgir a gazeta de Santa Rita, jornal independente sob a redação dos fundadores e Dr. Carlos de Queiroz substituido por Jovino Leite. (no tempo, o periódico mais bem feito e lido no interior de São Paulo).
Na história encontramos no ano 1905, “a União Municipal”, mais tarde, o jornalismo se expandia “ O Passa Quatro” de propriedade de Eurico Silva, redação de Carlos Queiroz, trazia o talento da” prosa em versos”, Benedito Sampaio, o delicado poeta, Armenio Conceição, grande estilista Aires Hemlei, artista da pena.
“o Livro do Povo” criado por Carlos de Queiroz, com uma vida brilhante e foi sucedido pela “Folha de Santa Rita”, com Manoel Siqueira, transferido em seguida a Manoel Cunha. “A Folha de Santa Rita” contava com a colaboração assídua dos talentosos, José Gonso Rodrigues Palhares, Mário Mattoso e outros escribas Santarritenses de alta estirpe.
A Folha de Santa Rita encerra suas atividades jornalísticas e literárias, a cidade ficou sem jornal por um tempo.
No dia 26 de junho de 1966, ressurge “O Santarritense, o reencontro no tempo, Luiz Antonio Menegassi e o professor Wilson Zorzi, dirige o novo periódico que teve os talentos de Mário Mattoso, seu filho, Mauro Mario Mattoso, Pedro Antonio Bianchini, Adão Nildo Leme de Souza, o poeta cabloco, Dr. José Geraldo de Oliveira, Antonio Carniato Filho e tantos outros colaboradores de qualidades indiscutíveis.
Em 4 de agosto de 1974 ressurge a Gazeta de Santa Rita, seus proprietários José Spadon e seu filho João Otávio Spadon, possuía a colaboração do Dr. José Geraldo de Oliveira, atualmente, colaboram os pseudônimo de Verdun e Varetinha, Vitor Marques e Marinela Carniato.
Mais tarde, surge o Farol sob a direção do professor Wilson Zorzi, tendo alcançado sucesso. Em 2005 foi vendido ao Danilo Bianchi Avenoso, no mês de julho de 2007 foi adquirido pelo “O Santarritense encerrando suas atividades jornalísticas no mês de julho de 2009.
Produção intelectual da cidade em fases.
A primeira sobretudo de José Gonso e Vitor Ribeiro, depois Janico Corrêa, que assinava Rocha Corrêa, Vidinho de Almeida, Oswaldo Mariano.
Numa segunda e intermediaria fase teríamos o engenheiro Dr. Alberto Bittar Cury, Maria Amalia Corrêa, que escreveu entre outros “Zequinha de Abreu Revisitado”, o historiador  Dr. José Geraldo de Oliveira, o mestre de português Reinaldo Azevedo, os poetas Rodrigues Palhares, Mario Mattoso, Louzada da Rocha.
Na terceira fase, Antonio Carniato Filho, Oswaldo Barbatana , Carlos Del Bel, Pedro Antonio Bianchini, Vilma Neves, Creuza Vaz, Enid Mussolini, Leda Veloso, Carmem Louzada Rocha e Terezinha Peron Bueno .
Nos dias atuais, insere-se os talentos de Carolina Thomasi, Sydney Marçal, Luiz Fernando de Souza Pinto, Marinela Adriana Carniato, Maria Isis Meirelles e Sonia Delsin .
Para o futuro há muito que se fazer à Literatura Santarritense.

comments