Antologia “Santa Rita do Passa Quatro – Coração e alma”

Antologia “Santa Rita do Passa Quatro – Coração e alma”.

Autoridades e personalidades presentes, prezadas senhoras e senhores,

Sonhou-se um dia na academia que se fizesse um presente a nossa querida cidade. Que este presente representasse um mimo de ternura e amor a Santa Rita do Passa Quatro. Consultados todos os membros da nossa academia, eis que de pronto o trabalho começou ser realizado. Tive o privilégio de viver os momentos face a coordenação que movimentou esta obra através das laudas enviadas pelos confrades dos mais próximos até o mais longínquo rincão. Foi um trabalho difícil ,porém a sua realização ,seja pela parte que me coube, seja pelo grupo maravilhoso de acadêmicos que compuseram a bela obra, honrou-me, envaideceu-me e realizou-me.

Peço escusas pelo singularismo destas palavras, mas estes geniais companheiros da Academia Santarritense de Letras fizeram-me recordar o menino que brincava nas ruas de terra do bairro do Botafogo cujo menino também sonhou com a sua terra querida. Um sonho com a gostosa vontade de viver o verso, a rima e a vida do torrão natal, junto dos amigos, professores, ruas e cenários dos crepúsculos das coloridas tardes santarritenses.
Hoje, nesta tarde de gala, que precede a semana, homenagem ao genial Zequinha de Abreu, trazemos o nosso sonho realizado.
SANTA RITA DO PASSA QUATRO- CORAÇÃO E ALMA , o mimo que a Academia Santarritense de Letras lhes oferece prazerosamente através da obra onde o poeta Adalberto Erbetta colhe no alto da colina a flor “ Santa Rita”; o Dr. Cury conta a história de sua chegada para a construção do Sanatório Colônia; o menino sonhador, poetiza o seu bairro e a Itália brasileira; o Armando Persin conta a história dos jequitibás de Santa Rita, enquanto o Monsenhor Arnaldo Álvaro Padovani consagra o Dia 22 de maio, espargindo pétalas abençoadas das rosas de Santa Rita.
O toque sutil do gênio da música ,agora nas letras, Ascendino Teodoro Nogueira fala da música “Viver e Sonhar”; Carmen Rocha nos conduz a um passeio poético na pracinha e no gigantesco jequitibá rosa; Creusa Vaz de Souza toca o ladrilho dourado de agosto e as flores caladas de Santa Rita; Djanira Pio conta suavemente um certo tempo na cidade de Zequinha de Abreu; Edson Viviani , com o coração e a alma, dá cor aos mosaicos históricos da Rua José Bonifácio; Fernando Vaz volta ao tempo do estudante com Sócrates na praça Zequinha de Abreu; Dr. José Aleixo conta a criação do brasão santarritense “ J’y suis , J’y reste” ( aqui estou, aqui fico); José Porfírio, na história traz o menino de Santa Rita – Professor Dr. Alcides Zerzedelo – e o trem de ferro bitola estreita; Rômulo Bortolini devaneia com Deus nas estrelas; Maria Amália deixa o folclore para dizer de Zequinha de Abreu, facetas de sua personalidade; José Geraldo de Oliveira rebusca no tempo a grande retreta; Maria Enid Mussolini confessa o amor à “Terra da Gente” e, com um verso aqui outro lál, leva-nos aos recantos encantadores de Santa Rita; Orlando Lencione apoteótico ao torrão dourado, seus poetas, seu patrono; Oswaldo Mariano fala de Getúlio, Jânio e FHC tentando democratizar a democracia, e nos deixa o lindo poema “Serenata Santarritense”; Oswaldo Barbatana conta os “Contadores de Estórias”, o bairro dos Quatis e sua gente humilde; Paulo Henrique da Rocha Correa convida-nos a participar no “Céu de Santa Rita” numa majestosa noite com miríades de astros e estrelas; Sebastião Bergamini conta a história de “Quim”, o comerciante romântico desta cidade; Vilma Soares de Arruda escreve a linda paineira que ornamenta sua rua e fala da grande cidade e receita da modernidade. Fechando o livro Wilson Loduca traz para o presente “Saíra–Pereira”, um temperado assunto do Saci Pererê , dos cablocos italianos que lavavam os pés nas águas espraiadas , vindos pelo “estradão” que cortava as terras do Bino Marcondes.
O sonho foi realizado,. Eis que neste momento tenho o grande prazer e a honra de anunciar o lançamento da Antologia em Prosa e Verso da Academia Santarritense de Letras SANTA RITA DO PASSA QUATRO – CORAÇÃO E ALMA.
É um presente trazido do coração e da alma de cada acadêmico para toda a coletividade santarritense.

Essa antologia foi lançada em Santa Rita do Passa Quatro no 18 de Setembro de 1999, com um almoço festivo na Churrascaria Santa Rita.

Antônio Carniato Filho

Presidente da Academia Santarritense de Letras

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